A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) usou uma transmissão ao vivo para refutar acusações de irregularidades em seu gabinete, incluindo gastos com assessores, reembolso de despesas médicas e uma viagem à Europa. As críticas, segundo Hilton, fazem parte de uma tentativa de desmoralizá-la antes das próximas eleições. A parlamentar negou veementemente ter contratado dois maquiadores, esclarecendo que seus assessores, Ronaldo e Índi, desempenham funções técnicas distintas, eventualmente realizando trabalhos de maquiagem fora do horário de expediente. Hilton apresentou documentos que comprovam o reembolso de uma cirurgia de sinusite pela Câmara, distinta de uma rinoplastia paga com recursos próprios, e justificou sua viagem à Europa como um convite do Parlamento Europeu, incluindo a participação em eventos oficiais e um show de Beyoncé em Paris com recursos próprios.
Hilton detalhou as funções de seus assessores, Ronaldo, formado em arquitetura e urbanismo, e Índi, responsável pela interlocução com movimentos sociais. A deputada argumentou que os ataques se intensificaram no período pré-eleitoral, inserindo-se em uma onda de desmoralização da esquerda e do governo Lula, conforme sua análise. Ela forneceu explicações detalhadas sobre os gastos com a viagem à Europa, incluindo a participação em eventos oficiais e a apresentação de comprovantes médicos para justificar o reembolso da cirurgia de sinusite. Especialistas em direito público consultados pelo NYT Brasil afirmam que a transparência das informações apresentadas pela deputada é crucial para o debate público, embora a investigação de eventuais irregularidades continue sendo responsabilidade dos órgãos competentes. A deputada reiterou sua transparência e disponibilidade para eventuais investigações.
As declarações de Erika Hilton geram debates sobre transparência na gestão de recursos públicos e a exposição de parlamentares a ataques políticos, especialmente em períodos eleitorais. A repercussão do caso destaca a crescente polarização política e a necessidade de mecanismos mais eficazes para apurar denúncias e garantir a responsabilização de agentes públicos. O posicionamento da Câmara dos Deputados e a atuação dos órgãos de controle serão cruciais para o desfecho das investigações e para a definição de eventuais sanções. O caso, portanto, serve como um alerta para a importância da transparência na política e para o impacto das redes sociais na construção da narrativa pública.