No dia 9 de julho, a enfermeira neonatal Clarissa Costa Gomes, de 31 anos, foi brutalmente assassinada em sua residência no bairro Jardim Cearense, em Fortaleza, Ceará. Momentos antes do crime, ela enviou um pedido de socorro a uma amiga durante uma reunião virtual, já demonstrando sinais de tensão. O Ministério Público do Ceará (MP-CE) atribui a autoria do crime ao namorado da vítima, Matheus Anthony Queiroz, de 26 anos, que, segundo a promotoria, agiu com extrema violência após a intenção de Clarissa de terminar o relacionamento.
De acordo com a denúncia apresentada pelo MP-CE, o relacionamento de dois anos entre Clarissa e Matheus era marcado por ciúmes e controle, com indícios de abuso emocional. Amigas próximas relataram que a enfermeira se tornava cada vez mais reservada e havia manifestado o desejo de romper com o namorado. No dia do crime, após a mensagem de “SOS”, vizinhos ouviram gritos de socorro da vítima, que clamava por ajuda.
O MP-CE informou que Matheus desferiu 34 facadas em Clarissa, além de ter agredido a vítima antes do assassinato. Após o crime, ele demonstrou frieza ao tomar banho e fugir do local levando a faca utilizada e uma toalha pessoal. A promotoria classificou a motivação do crime como torpe, resultante da insatisfação do réu com o término do relacionamento, e requereu indenização à família da vítima.
O caso gerou grande comoção em Fortaleza, onde Clarissa era muito respeitada em sua profissão, atuando em dois hospitais públicos. A cantora Juliette Freire, que se manifestou sobre a tragédia, expressou a dor e a incredulidade diante da situação. O processo segue em andamento no programa Tempo de Justiça, que visa acelerar a tramitação de casos de crimes dolosos contra a vida, enquanto Matheus permanece preso preventivamente sem advogado constituído.