Empresas brasileiras de diversos setores que exportam para os Estados Unidos já sentem os efeitos da nova taxação, que entra em vigor em 1º de agosto. Na siderúrgica de Matozinhos, Minas Gerais, a produção de ferro gusa foi paralisada, levando funcionários a entrarem em férias coletivas inesperadas. Elton Silva, supervisor do departamento de carvão, expressou preocupação com a situação, afirmando que as férias não são programadas e trazem incertezas para os trabalhadores.
A mudança tarifária, anunciada pelo presidente Donald Trump, pegou de surpresa muitos empresários. André Ribeiro, dono de uma usina, relatou que 80% de sua produção é destinada ao mercado americano e que a suspensão das entregas foi uma decisão inesperada. Para evitar maiores prejuízos, as empresas estão adotando medidas como férias coletivas e paralisações temporárias.
Além do setor siderúrgico, a indústria de carne em Mato Grosso do Sul também é afetada, redirecionando suas exportações para outros mercados, como China e Oriente Médio, devido à tarifa de 50% imposta pelos EUA. Em Santa Catarina, uma empresa de produtos de madeira decidiu conceder férias coletivas pela primeira vez em 60 anos, devido à falta de compradores. O CEO do grupo Ipumirim, João Jairo Canfield, espera que haja bom senso entre os governos para preservar empregos e retomar os negócios rapidamente.