As empresas brasileiras começam a sentir os impactos da tarifa de 50% imposta pelo governo de Donald Trump sobre produtos exportados aos Estados Unidos. Medidas como férias coletivas, paralisações e demissões foram anunciadas por diversas companhias em resposta à nova política comercial. A BrasPine, de Jaguariaíva (PR), informou que concederá férias coletivas a 1.500 de seus 2.500 funcionários, destacando que a decisão é estratégica para proteger empregos e garantir a continuidade da empresa.
O Grupo Ipumirim, atuante no setor madeireiro em Santa Catarina, também anunciou férias coletivas, visando aguardar um possível acordo entre os governos brasileiro e americano. Em Minas Gerais, a siderúrgica Fergubel programou uma parada técnica de até 30 dias, ressaltando a necessidade de manter operações saudáveis em tempos desafiadores.
Por outro lado, a Sudati, especializada em compensados e MDF, optou por demitir 100 funcionários nos próximos 60 dias. O Brasil tenta barrar a entrada em vigor da tarifa, prevista para 1º de agosto, com negociações lideradas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. No entanto, as tratativas enfrentam um impasse político relacionado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, criticou a medida de Trump, chamando-a de insana durante evento recente.