A empresa responsável pelo lixão Ouro Verde, localizado em Padre Bernardo, anunciou que tomará medidas para mitigar os danos ambientais resultantes do desmoronamento de uma pilha de lixo, que ocorreu em 18 de junho e contaminou o córrego Santa Bárbara e o Rio do Sal. A decisão foi formalizada na noite de sexta-feira (11/7) com a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), após 19 dias de inatividade da empresa no gerenciamento da crise.
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis, destacou que a falta de ação da empresa desde o desastre levou o Estado a intervir na situação. O TAC estabelece prazos e responsabilidades para a empresa, que se comprometeu a apresentar um cronograma de ações até o dia 9 de julho, conforme informado pela advogada Ana Carolina Malafaia, representante da Ouro Verde.
Vulcanis classificou o incidente como o maior desastre ambiental enfrentado pela Semad desde 2019, comparando-o ao caso do césio-137 em 1987. O evento afetou diretamente famílias da zona rural que dependem da água para atividades agrícolas e de consumo, além de apresentar riscos adicionais, como a presença de lixo hospitalar e a possibilidade de novos deslizamentos devido à chegada das chuvas. A secretária enfatizou a importância da colaboração entre os órgãos envolvidos para a resolução do problema.