As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) registraram um crescimento de 25% nas emissões no primeiro semestre de 2024, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Este aumento ocorre após um período de retração e é atribuído à redução do prazo de carência do investimento, que passou de 12 para 6 meses.
O presidente da Abecip, Sandro Gamboa, destacou que as LCIs devem se tornar fundamentais para o funding imobiliário, funcionando não apenas como um instrumento de investimento, mas também como suporte para o crescimento do mercado. Ele enfatizou a necessidade de incentivar esses ativos de crédito privado, sugerindo a redução do prazo de carência para 3 meses, mantendo a isenção do Imposto de Renda, para aumentar a atratividade do investimento.
Além das LCIs, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) também apresentaram um crescimento de 15%, totalizando R$ 239 bilhões, enquanto os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) subiram 10%, alcançando R$ 272 bilhões. Em contraste, a poupança destinada ao setor imobiliário permaneceu estagnada em R$ 762 bilhões, com uma redução de 10% no volume de crédito concedido no primeiro semestre de 2025 em comparação ao ano anterior.
Esses dados revelam um cenário em que os recursos da poupança estão estacionados, limitando a expansão do financiamento imobiliário, enquanto novas alternativas, como LCI, CRI e FII, ganham destaque no mercado.