A fabricante brasileira de aeronaves Embraer (EMBR3) anunciou, nesta segunda-feira, um recorde histórico em sua carteira de pedidos, totalizando US$ 29,7 bilhões ao final do segundo trimestre de 2025. O número representa um crescimento de 40% em relação ao mesmo período do ano anterior e um aumento de 13% em comparação com o primeiro trimestre de 2025, superando a expectativa do Itaú BBA, que previa US$ 28,6 bilhões. Este resultado é impulsionado por novos contratos, incluindo 60 aeronaves E175 para a SkyWest e 45 unidades do modelo E195-E2 para a SAS.
As ações da Embraer apresentaram alta de 1,50%, alcançando R$ 69,14 no início da sessão desta terça-feira (22), refletindo a reação positiva do mercado aos dados divulgados. No entanto, analistas do Itaú BBA e do Bradesco BBI alertam sobre a incerteza relacionada à possível imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos sobre importações brasileiras, o que poderia impactar significativamente a receita da companhia.
O Itaú BBA destacou que o crescimento da carteira de pedidos é um indicativo positivo para os fundamentos da Embraer, embora a volatilidade do cenário econômico possa limitar a reação das ações. No segmento de aviação comercial, a carteira atingiu US$ 13,1 bilhões, o maior nível em oito anos, com um aumento de 31% no trimestre. A Embraer também apresentou resultados satisfatórios na aviação executiva, entregando 25% da projeção anual no período, superando a média dos últimos cinco anos.
Na divisão de Defesa e Segurança, a carteira de pedidos somou US$ 4,3 bilhões, com um crescimento de 3% em relação ao trimestre anterior e o dobro em comparação ao mesmo período do ano passado. O destaque ficou para a escolha do C-390 pela Lituânia e a aquisição de uma sexta aeronave KC-390 Millennium por Portugal, reforçando a posição da Embraer no mercado internacional.