A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, anunciou nesta quarta-feira (10) um acordo significativo com a Scandinavian Airlines (SAS) da Dinamarca, envolvendo a venda de 45 aeronaves da família E2. O contrato, avaliado em aproximadamente R$ 21,8 bilhões, é considerado uma das maiores transações da história da empresa, com as primeiras entregas programadas para o final de 2027 e repasses adicionais ao longo de quatro anos.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou a importância da encomenda, que representa a maior feita a um único fabricante desde 1996. Ele ressaltou que, apesar dos desafios enfrentados pelo comércio internacional, a Embraer continua a expandir seus mercados, contribuindo para a geração de empregos e renda no Brasil.
As aeronaves escolhidas pela SAS são projetadas para operar com até 50% de combustível sustentável de aviação (SAF), oferecendo alta eficiência e conforto aos passageiros, segundo Arjan Meijer, CEO da Embraer Aviação Comercial. Ele afirmou que os novos jatos são fundamentais para a estratégia de renovação e expansão da frota da SAS, apoiando seus planos de crescimento.
Entretanto, a Embraer enfrenta desafios devido a tarifas protecionistas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros. As ações da empresa caíram 3,62% após o anúncio. A Embraer possui fábricas nos EUA, o que pode mitigar alguns impactos, mas os modelos comerciais exportados diretamente do Brasil podem sofrer efeitos diretos da nova tarifa. A empresa aguarda desdobramentos nas negociações diplomáticas entre Brasil e EUA.