A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil manifestou críticas à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), referindo-se à Corte como "Supremo Tribunal de Moraes" em uma publicação no X (antigo Twitter) nesta segunda-feira, 14. A declaração foi emitida pelo subsecretário norte-americano para Diplomacia Pública, Darren Beattie, em resposta à imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo ex-presidente Donald Trump.
A Embaixada argumenta que as tarifas são uma reação ao tratamento judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro e às questões relacionadas à liberdade de expressão e ao comércio com os EUA. Em nota, a Embaixada afirmou que "esses ataques são vergonhosos e desrespeitam as tradições democráticas do Brasil", destacando que está monitorando a situação de perto.
Além das tarifas, o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) iniciou uma investigação sobre o Brasil, com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. O objetivo é avaliar se as políticas do governo brasileiro são discriminatórias e prejudiciais ao comércio americano.
A investigação considera diversos fatores, incluindo a proteção da propriedade intelectual, tarifas preferenciais para outros países, taxas elevadas sobre o etanol americano, desmatamento ilegal e a utilização do sistema de pagamentos Pix. O STF, procurado para comentar sobre as críticas, não se manifestou até o momento.