O CEO da Tesla, Elon Musk, alertou sobre um período desafiador para a montadora de veículos elétricos, após um dos piores trimestres desde o início da produção de sedãs elétricos. Em declarações feitas após o fechamento do mercado, Musk destacou que a empresa enfrentará uma transição de pelo menos um ano, devido à perda de incentivos fiscais nos Estados Unidos e à necessidade de tempo para o lançamento de veículos autônomos.
Musk afirmou que a Tesla pode ter "alguns trimestres difíceis", mas expressou otimismo em relação ao futuro, prevendo que, uma vez alcançada a autonomia em larga escala, os fundamentos econômicos da empresa se tornarão mais atrativos. As ações da Tesla caíram até 9,5% após suas declarações, refletindo a preocupação dos investidores com a nova legislação tributária sancionada pelo presidente Donald Trump, que elimina gradualmente o crédito fiscal de US$ 7.500 para a compra de veículos elétricos.
Os resultados financeiros da Tesla também foram decepcionantes, com um lucro ajustado de US$ 0,40 por ação, abaixo das expectativas do mercado, e uma queda de 12% na receita, totalizando US$ 22,5 bilhões. Além disso, a empresa enfrentou uma diminuição nas entregas de veículos e no preço médio de seus carros. Analistas apontam que a falta de diretrizes claras para o futuro e a crescente concorrência no setor complicam ainda mais a situação da montadora.
Musk também expressou a intenção de aumentar sua participação acionária para garantir maior controle sobre a empresa e evitar tentativas de destituição por investidores ativistas. Ele ressaltou que, embora deseje ter controle suficiente para direcionar a Tesla, não pretende ser imune a possíveis remoções caso suas decisões se tornem prejudiciais à companhia.