Na manhã desta quinta-feira (24), Elon Musk, CEO da Tesla e considerado o homem mais rico do mundo, viu sua fortuna diminuir em US$ 12 bilhões (R$ 66,2 bilhões) devido a uma queda de 8% no valor das ações da montadora, que agora valem US$ 303,00 (R$ 1.672,00). A desvalorização ocorreu após a apresentação dos resultados financeiros do segundo trimestre, onde Musk alertou sobre "trimestres difíceis" pela frente, em razão do fim dos créditos fiscais federais para veículos elétricos, programado para 30 de setembro, conforme as novas políticas do governo Trump.
Com a perda, a participação de Musk na Tesla, que representa cerca de 12% da empresa, caiu de aproximadamente US$ 136,3 bilhões (R$ 751,4 bilhões) para US$ 124,1 bilhões (R$ 684,2 bilhões). A Tesla registrou a maior queda de receita trimestral em mais de uma década, incluindo uma perda de quase US$ 600 milhões (R$ 3,3 bilhões) em créditos regulatórios automotivos. Apesar dos resultados negativos, Musk tentou acalmar os investidores, afirmando que espera números mais atraentes até o final do próximo ano.
Além disso, Musk mencionou que a Tesla tem como objetivo lançar um serviço de transporte autônomo funcional em metade dos Estados Unidos até o fim de 2025, dependendo das aprovações regulatórias. Mesmo após a queda, sua fortuna totalizava US$ 414,9 bilhões (R$ 2,3 trilhões) na quarta-feira, mantendo-o no topo da lista dos mais ricos do mundo, segundo a Forbes.
A desvalorização das ações da Tesla ocorre em um contexto de críticas à permanência de Musk na política, com analistas sugerindo que os investidores estão se cansando das distrações. A recente assinatura do "One Big Beautiful Bill" por Trump, que elimina os créditos fiscais para veículos elétricos, foi classificada por Musk como "incrivelmente destrutiva" para os Estados Unidos, apesar de ele ter expressado anteriormente que acreditava que todos os créditos deveriam acabar.