O bilionário Elon Musk anunciou, no último sábado (5), a criação do 'Partido da América', em um movimento que o posiciona como um adversário político do ex-aliado, o presidente Donald Trump. A decisão ocorre após a aprovação de um megapacote tributário e orçamentário por parte do Congresso dos EUA, que Musk criticou publicamente. O novo partido visa oferecer uma alternativa aos tradicionais Partido Republicano e Partido Democrata, que Musk descreve como um 'partido único'.
Durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca, Musk, que é CEO da SpaceX e Tesla, afirmou que os Estados Unidos 'não são uma democracia' e que a criação do partido foi inspirada por uma enquete realizada em sua rede social, X, onde 66% dos participantes manifestaram apoio à ideia. O bilionário declarou que seu objetivo é devolver a liberdade ao povo americano e que o partido será uma resposta ao desperdício e à corrupção do sistema político atual.
Musk já está mirando as eleições legislativas de 2026, nas quais 33 assentos do Senado e todos os 435 da Câmara dos Deputados estarão em disputa. Até o momento, Trump não se pronunciou sobre o novo partido, mas anteriormente ameaçou cortar subsídios federais das empresas de Musk. O bilionário, por sua vez, não forneceu detalhes sobre o lançamento oficial do partido, mas pediu sugestões ao público e prometeu que o processo será 'divertido'.
O anúncio de Musk gerou reações imediatas no mercado, com a gestora Azoria Partners adiando o lançamento de um fundo ligado à Tesla, em resposta à incerteza sobre as ambições políticas do bilionário. Musk já havia sinalizado a possibilidade de criar o 'Partido da América' durante as discussões sobre o megapacote de Trump, prometendo investir para desafiar parlamentares que apoiassem o projeto de lei.