O empresário Elon Musk anunciou neste sábado (5) a criação do Partido América, em postagens na rede social X. A iniciativa surge após desentendimentos com o ex-presidente Donald Trump, motivados por críticas de Musk ao megapacote fiscal aprovado pelo Congresso, que prevê um aumento da dívida pública em US$ 3,3 trilhões até 2034. Musk considera essa medida "insana" e uma ameaça à estabilidade financeira dos Estados Unidos.
O novo partido tem como objetivo romper com o que Musk descreve como um sistema bipartidário, que ele classifica de "unipartido", incapaz de conter o crescimento da dívida nacional, atualmente em US$ 36,2 trilhões. Musk pretende representar o que chamou de "os 80% do centro", uma parcela da população que não se identifica plenamente com democratas ou republicanos. "Não se trata de conquistar a maioria", afirmou, destacando a importância de eleger alguns senadores e deputados que possam atuar como voto decisivo em questões relevantes.
Além disso, Musk anunciou que utilizará seu super PAC para apoiar candidatos independentes que compartilhem a agenda do novo partido, com foco em políticas fiscalmente conservadoras. O anúncio ocorreu um dia após o feriado de 4 de julho e foi precedido por uma enquete em que cerca de 80% dos mais de 4,6 milhões de participantes manifestaram apoio à criação da nova sigla.
O ex-presidente Trump, em resposta ao anúncio, sugeriu uma investigação sobre os subsídios recebidos por empresas como Tesla e SpaceX e mencionou a possibilidade de deportação de Musk, que é sul-africano naturalizado americano. Embora a proposta de Musk tenha gerado interesse, ela enfrenta desafios significativos, incluindo barreiras legais e financeiras impostas pelo sistema eleitoral americano, que dificultam a criação de novos partidos.