Neste domingo (6), o Partido dos Trabalhadores (PT) realiza a eleição para a presidência nacional, com a possibilidade de um segundo turno em 20 de julho. Quatro candidatos estão na disputa: Edinho Silva, Rui Falcão, Valter Pomar e Romênio Pereira. A votação é crucial para definir a sustentação do governo Lula, a renovação das lideranças partidárias e os rumos estratégicos do partido para 2026.
Edinho Silva, da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), é o candidato apoiado pelo presidente Lula e por figuras como José Dirceu. Silva, ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro da Comunicação Social, defende a ampliação das alianças políticas, mantendo o protagonismo do partido. Seu plano inclui fortalecer a mobilização social em defesa do governo e preparar o PT para uma transição de liderança.
Rui Falcão, da corrente Novo Rumo, é deputado federal e ex-presidente do PT. Ele busca reconectar o partido com suas bases, especialmente trabalhadores e juventude, e critica a fragmentação interna. Valter Pomar, da Articulação de Esquerda, propõe uma direção coletiva e questiona as alianças do governo com partidos de direita, enquanto Romênio Pereira, do Movimento PT, foca na democratização interna e na participação da militância.
O analista político Marcelo Alves aponta Edinho Silva como favorito, destacando seu alinhamento com o núcleo duro do PT e o apoio de Lula. Alves alerta que a nova liderança terá a missão de conduzir a transição política do partido, questionando o futuro do PT após a saída de Lula e a necessidade de renovação em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro.