O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) enfrenta a possibilidade de renunciar ao seu mandato, o que resultaria na perda de um salário mensal de R$ 46.366,19, além de outros benefícios financeiros. Caso opte pela renúncia, ele também abrirá mão de até R$ 42.837,33 em cota parlamentar, R$ 4.148,80 de auxílio moradia e reembolsos de gastos com saúde que podem totalizar até R$ 135,4 mil. Eduardo ainda tem direito a R$ 133,2 mil mensais para pagar 25 secretários parlamentares e pode indicar R$ 37,8 milhões anuais em emendas ao Orçamento.
A decisão de Eduardo Bolsonaro surge em meio a sua permanência nos Estados Unidos, onde ele considera a renúncia caso não consiga uma nova licença, a qual é proibida pelo regimento interno da Câmara dos Deputados. Em entrevista à Coluna do Estadão, o deputado afirmou que só retornará ao Brasil quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, não tiver mais poder para prendê-lo. Eduardo já utilizou R$ 68 mil de sua cota parlamentar neste ano e indicou R$ 3,7 milhões em emendas, das quais apenas R$ 477 mil foram empenhadas até agora.
Eduardo Bolsonaro tirou uma licença parlamentar de 122 dias em março, que termina neste domingo, 20, e não pode ser prorrogada. Caso não renuncie, ele corre o risco de perder o cargo por decreto da Mesa Diretora, se acumular mais de um terço de faltas em um ano. Durante sua ausência, o deputado suplente Missionário José Olímpio (PL-SP) o substituiu, mas não apresentou projetos de lei e fez apenas 11 discursos no plenário desde que assumiu o cargo.