O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) enfrenta a possibilidade de renunciar ao seu mandato, o que resultaria na perda de um salário mensal de R$ 46.366,19, além de outros benefícios financeiros. Caso opte pela renúncia, ele também deixaria de receber até R$ 42.837,33 de cota parlamentar, R$ 4.148,80 de auxílio moradia e reembolsos de despesas com saúde que podem totalizar até R$ 135,4 mil. Como parlamentar, Eduardo ainda tem acesso a R$ 133,2 mil mensais para salários de 25 secretários e a possibilidade de indicar R$ 37,8 milhões anuais em emendas ao Orçamento.
Eduardo Bolsonaro, que atualmente reside nos Estados Unidos, considera a renúncia caso não consiga uma nova licença, uma situação que o regimento da Câmara dos Deputados não permite. Ele mencionou que só retornará ao Brasil quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, não tiver mais influência para prendê-lo. Em 2023, o deputado utilizou R$ 68 mil de sua cota parlamentar e indicou R$ 3,7 milhões em emendas, das quais apenas R$ 477 mil foram empenhadas até agora.
Desde março, Eduardo está licenciado por 122 dias, e seu prazo de afastamento termina neste domingo (20). Caso não renuncie, ele corre o risco de perder o mandato se acumular mais de um terço de faltas em um ano, o que pode resultar em um decreto da Mesa Diretora. Durante sua ausência, o suplente Missionário José Olímpio (PL-SP) assumiu seu lugar, mas não apresentou projetos de lei e fez apenas 11 discursos no plenário desde então.