O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem aumentado suas críticas a figuras proeminentes da direita, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Jr. (PSD-PR) e Nikolas Ferreira (PL-MG), em meio a um crescente racha entre bolsonaristas e seus aliados. As declarações de Eduardo, que começaram a ser proferidas na última segunda-feira (28 de julho), refletem a tensão no campo conservador, especialmente diante da crise com os Estados Unidos e a disputa por liderança política.
Na segunda-feira, Eduardo se manifestou sobre uma interação de Nikolas Ferreira com um perfil que se diz ex-bolsonarista, lamentando a situação e criticando a postura do colega. Em entrevista anterior, Eduardo já havia expressado sua decepção com Nikolas, acusando-o de ser “pouco ativo” em relação a sanções contra autoridades brasileiras. As críticas a Nikolas se somam a uma série de ataques direcionados a Tarcísio de Freitas, com quem Eduardo havia tentado uma reaproximação recentemente.
Em 21 de julho, Eduardo questionou publicamente a decisão de Tarcísio de manter um vice-líder do MBL, reavivando a tensão entre os dois, que já havia sido exacerbada pela postura do governador em relação ao tarifaço imposto pelos EUA. Apesar das tentativas de pacificação por parte de Jair Bolsonaro, as críticas de Eduardo indicam que a relação permanece instável. No mesmo dia, Eduardo também se posicionou contra Ratinho Jr., que minimizou a importância da relação entre o Brasil e os EUA em comparação à figura de Bolsonaro.
Esses desentendimentos revelam as dificuldades de unificação no campo conservador, especialmente com Bolsonaro inelegível para as próximas eleições. As declarações de Eduardo têm gerado reações negativas entre seus pares, como demonstrado por críticas do presidente do PP, Ciro Nogueira, que considera as posturas do deputado um erro estratégico.