Aliados do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) buscam alternativas para garantir a continuidade de seu mandato, enquanto ele permanece nos Estados Unidos há mais de quatro meses. A licença oficial do parlamentar já expirou, e suas ausências nas sessões da Câmara dos Deputados começarão a ser contabilizadas, o que pode resultar em cassação por quebra de decoro. A preocupação central é que o acúmulo de faltas configure abandono de cargo.
Uma das estratégias consideradas por seus aliados, incluindo o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), é a nomeação de Eduardo Bolsonaro para uma secretaria em um governo estadual alinhado. Essa manobra permitiria que ele renunciasse ao mandato federal, evitando assim o processo de cassação. Os estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina foram mencionados como possíveis destinos.
Entretanto, a reportagem da Jovem Pan News apurou que o governo de Santa Catarina, liderado por Jorginho Mello (PL), negou qualquer negociação nesse sentido. Auxiliares do governador afirmaram que a possibilidade nunca foi discutida no alto escalão do governo. Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro já sinalizou que não pretende retornar a Brasília em breve, mantendo sua permanência nos Estados Unidos.