O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, classificou como "covarde tentativa de intimidação" as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante uma live realizada no último domingo (20). Na transmissão, o parlamentar fez ataques ao delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por inquéritos que envolvem seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo investigações sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022.
As declarações de Eduardo Bolsonaro geraram reações imediatas. O presidente do PT, Edinho Silva, afirmou que as falas do deputado reforçam tentativas de "materializar a trama golpista". O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, solicitou a prisão preventiva do parlamentar, alegando que suas ações configuram crime de traição à nação.
Durante a live, Eduardo Bolsonaro se referiu aos agentes da PF como "cachorrinhos" e fez ameaças veladas ao delegado Shor, questionando sua identidade e insinuando retaliações. Lindbergh Farias criticou o tom das declarações, afirmando que se trata de uma campanha coordenada de intimidação contra o delegado, que liderou investigações sobre a trama golpista.
Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde fevereiro e teve sua licença do mandato encerrada no dia da live, é investigado pela Procuradoria-Geral da República por suposta obstrução de Justiça e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A PF informou que tomará as providências legais cabíveis em resposta às ameaças feitas durante a transmissão.