O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira (23) que suas contas bancárias e as de sua esposa foram bloqueadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em suas redes sociais, o parlamentar classificou a decisão como "arbitrária" e alegou não ter sido citado nos inquéritos que motivaram a medida. Até o momento, o STF não se pronunciou sobre as alegações de Bolsonaro.
A decisão de Moraes, que ocorreu na segunda-feira (21), também abrange o bloqueio de bens móveis, imóveis e do salário do deputado, com o intuito de dificultar suas ações nos Estados Unidos. A investigação está relacionada a possíveis sanções do governo de Donald Trump contra o Brasil, que teriam sido estimuladas por Eduardo e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A Polícia Federal (PF) considerou que medidas patrimoniais seriam mais eficazes do que a prisão, já que tentativas anteriores de extradição de brasileiros residentes nos EUA não tiveram sucesso. Os investigadores estão focados nos R$ 2 milhões que Jair Bolsonaro transferiu a Eduardo para financiar sua permanência no exterior, em meio a uma operação que culminou na busca e apreensão de bens do ex-presidente na última sexta-feira (18).