O economista André Perfeito, de 47 anos, avaliou a recente decisão do Congresso Nacional de derrubar as mudanças que aumentavam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como uma derrota não apenas para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas também para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao Poder360, Perfeito destacou a falta de coordenação entre o Palácio do Planalto e o Legislativo, evidenciada pela movimentação do presidente da Câmara, Hugo Motta.
Perfeito também apontou que a situação reflete uma antecipação da corrida eleitoral de 2026, onde forças do Centrão estariam agindo em prol de um cenário de instabilidade. O governo decidiu judicializar a questão do IOF, o que mantém um impasse entre os Poderes. "A tensão entre os Poderes já é alta, e não sei como pode piorar ainda mais", afirmou o economista.
Além disso, Perfeito criticou a aprovação do aumento do número de deputados federais de 513 para 531, ressaltando que essa medida acarretará custos adicionais e não contribui para o cumprimento das metas fiscais. Ele alertou que essa decisão pode ter repercussões também nas assembleias legislativas estaduais, aumentando ainda mais os gastos públicos.
