O economista-chefe da XP, Caio Megale, avaliou que o Brasil enfrenta um cenário preocupante em meio à disputa tarifária com os Estados Unidos, destacando que a retaliação econômica ou uma escalada nas sanções seriam os piores desfechos. Megale ressaltou que, caso o Brasil não reaja e os impostos anunciados pelo ex-presidente Donald Trump sejam implementados, setores da economia nacional poderão ser afetados, embora o impacto maior recaia sobre os consumidores americanos.
A análise de Megale ocorre em um contexto de crescente tensão comercial entre os dois países, onde as tarifas podem afetar a competitividade das exportações brasileiras. O economista enfatizou a importância de uma resposta estratégica por parte do Brasil para mitigar os danos potenciais.
Além disso, a Super Quarta, marcada para o dia 30 de outubro, trará decisões de política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, com expectativas de manutenção das taxas de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic em 15%, segundo pesquisa da XP com gestores de fundos, que também indicam cautela em relação ao mercado de juros e à desvalorização do real.
Por fim, em meio a esse cenário, a Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, considera a possibilidade de abrir uma fábrica nos EUA para contornar as tarifas de exportação. O CEO Johann Bordais afirmou que a montagem final das aeronaves urbanas elétricas será planejada para ocorrer no país de destino, visando atender à demanda local e minimizar os impactos da guerra comercial.