O conceito de 'dopamine decor' tem ganhado destaque entre arquitetos, designers e profissionais da saúde mental como uma abordagem que visa transformar ambientes em aliados do bem-estar. Essa tendência busca não apenas a estética, mas também a ativação da dopamina, neurotransmissor relacionado ao prazer e à recompensa, através de escolhas de cores, formas e texturas que despertam sensações positivas.
O psicólogo Abiano de Abreu Agrela destaca que o design pode estimular a dopamina ao criar ambientes que proporcionam prazer visual e emocional. Ele explica que a novidade e a beleza têm um impacto positivo no cérebro, ativando o sistema de recompensa e contribuindo para o bem-estar diário. A arquiteta Beatriz Venâncio complementa essa visão, afirmando que a popularização do 'dopamine decor' reflete um desejo coletivo por espaços mais acolhedores e afetivos, especialmente após períodos de isolamento.
A luz, as cores e os padrões são elementos essenciais na criação desse impacto emocional. Ambientes bem iluminados e com cores equilibradas podem melhorar o humor e a energia dos moradores. A designer Cecília Herculano ressalta a importância da luz, tanto natural quanto artificial, para criar experiências sensoriais que influenciam o estado emocional. Além disso, padrões geométricos e estampas nostálgicas são utilizados para evocar uma estética divertida e fluida.
Entretanto, os especialistas alertam para o desafio de equilibrar estímulo e excesso na decoração. É fundamental que a decoração respeite o estilo do morador e que haja uma intencionalidade na escolha dos elementos, criando um espaço que não apenas impressione, mas que também promova um ambiente harmonioso e confortável.