Na manhã desta quinta-feira, 24, o dólar apresentou alta em relação ao real, impulsionado pela valorização da moeda americana no exterior e pela cautela no mercado local após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump indicou que países com os quais os EUA têm atritos, incluindo o Brasil, poderão enfrentar tarifas de até 50%. Até o momento, o Brasil é o único país a receber essa tarifa.
O mercado de câmbio também está atento à possível conclusão de um acordo entre os Estados Unidos e a União Europeia, além de aguardar os dados da arrecadação federal. Na abertura do pregão, a moeda americana começou com viés de baixa, influenciada por sinais de novos estímulos na China e pela alta do petróleo. O Banco Central Europeu manteve suas taxas de juros, com a taxa de depósito fixada em 2%, conforme esperado.
Em um contexto mais amplo, os países da União Europeia aprovaram um pacote de tarifas retaliatórias que pode afetar 93 bilhões de euros em exportações anuais de produtos dos EUA, caso não haja um acordo até 1º de agosto. As tarifas podem chegar a 30%, segundo fontes oficiais. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou a importância de equilibrar o comércio após uma reunião com o presidente da China, Xi Jinping.
No setor corporativo, a Vale se destacou por manter 100% de aderência às práticas recomendadas pelo Código Brasileiro de Governança Corporativa, enquanto a Raízen anunciou a venda de 55 usinas de geração distribuída para a Thopen Energia e Grupo Gera, em um negócio que pode alcançar R$ 600 milhões. Nos EUA, a American Airlines reportou um lucro líquido de US$ 599 milhões no segundo trimestre de 2025, enquanto a Nestlé registrou um lucro líquido de 5,065 bilhões de francos suíços no primeiro semestre deste ano, ambos com quedas em relação ao ano anterior.