O dólar à vista apresentou alta de 0,48% nesta quinta-feira (17), alcançando R$ 5,588 na venda, em meio a um cenário de incertezas políticas. A valorização da moeda americana ocorre após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que restabeleceu parcialmente os decretos que aumentam a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Essa medida pode intensificar as tensões entre os Três Poderes e dificultar a aprovação de pautas estruturantes no Congresso.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou um projeto que ampliava o número de deputados federais de 513 para 531, e parlamentares já se mobilizam para derrubar o veto. O mercado financeiro também está atento às repercussões dessa decisão, que ocorre em um contexto de crescente pressão sobre a economia brasileira e possíveis retaliações comerciais dos Estados Unidos.
Além disso, o Banco Central anunciou um leilão de até 35.000 contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de rolar o vencimento de 1º de agosto de 2025. O dólar futuro na B3 também registrou alta, subindo 0,22%, cotado a R$ 5,599. No cenário internacional, os investidores aguardam dados econômicos dos EUA, incluindo vendas no varejo e pedidos de auxílio-desemprego, que podem influenciar o mercado global.
As tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos aumentaram após a ameaça do presidente americano, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto. Em resposta, Lula gravou um pronunciamento que será veiculado em cadeia nacional. O dia também conta com compromissos de autoridades brasileiras, incluindo reuniões do Vice-Presidente Geraldo Alckmin com representantes da indústria e a agenda do presidente Lula em Goiás e Bahia.