Na manhã desta terça-feira, 22, o dólar apresentou alta no mercado à vista, impulsionado por preocupações relacionadas às tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre importações do Brasil. Além disso, uma nova ameaça de taxação de até 100% sobre países que continuarem a comprar petróleo da Rússia, incluindo Brasil, Índia e China, intensifica a tensão no cenário econômico.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, indicou que o prazo de 1º de agosto para negociações tarifárias é 'bastante rígido', mas ressaltou que os países podem discutir tarifas após essa data, o que trouxe um certo alívio aos mercados. O governo brasileiro, por sua vez, busca estratégias para mitigar os impactos das tarifas americanas, com o presidente Lula afirmando que o Brasil ainda não está em uma guerra tarifária, mas que uma resposta será dada caso a situação não mude.
O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, confirmou que um plano para apoiar setores afetados pelo aumento das tarifas está em discussão, aguardando a aprovação do presidente Lula. Enquanto isso, um leilão de linha de rolagem cambial de US$ 600 milhões está programado para movimentar os negócios às 10h30.
Nos Estados Unidos, o senador republicano Lindsey Graham ameaçou novos aumentos tarifários, colocando o Brasil novamente em foco. Em contrapartida, o ministro de Revitalização Econômica do Japão, Ryosei Akazawa, expressou otimismo sobre um possível acordo com os EUA, independentemente do resultado das eleições, e deverá se reunir com Bessent para discutir o assunto.