Na manhã desta sexta-feira, 25, o dólar apresenta alta, refletindo a valorização da moeda americana no mercado internacional. O aumento ocorre em meio a negociações entre os Estados Unidos e a União Europeia, além do crescimento do déficit nas transações correntes do Brasil e a retomada das conversas sobre tarifas entre os governos americano e brasileiro. Investidores também reagem ao IPCA-15, que superou as expectativas do mercado.
O IPCA-15 registrou uma alta de 0,33% em julho, ultrapassando a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que previa um aumento de 0,31%. No acumulado de 12 meses, o índice acelerou de 5,27% para 5,30%, também acima da mediana de 5,28%. No cenário externo, o Brasil enfrentou um déficit de US$ 5,131 bilhões na conta corrente em junho, o maior para o mês desde 2014, conforme dados do Banco Central.
Além disso, a entrada líquida de Investimentos Diretos no País (IDP) foi de US$ 2,810 bilhões em junho, abaixo das expectativas do mercado. O fluxo cambial do Brasil também apresentou um saldo negativo de US$ 1,754 bilhão até 23 de julho, com saídas financeiras superando as entradas comerciais. O vice-presidente Geraldo Alckmin informou que conversou com o secretário de Comércio dos EUA para discutir a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, propondo uma ampliação nas relações comerciais entre os países.
Em outro contexto, o Banco Central da Rússia anunciou uma redução de 200 pontos-base em sua taxa básica de juros, agora fixada em 18% ao ano, em resposta ao declínio das pressões inflacionárias e à desaceleração da demanda interna.