O dólar opera em alta no mercado à vista nesta segunda-feira, 14 de agosto, impulsionado pela valorização da moeda americana frente a diversas divisas emergentes, incluindo o peso mexicano. O movimento ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a possibilidade de tarifas de 30% sobre as importações do México e da União Europeia, caso não sejam firmados acordos até 1º de agosto.
Apesar da alta do dólar, o ajuste é moderado devido à valorização do petróleo e do minério de ferro. Os investidores também estão atentos aos dados da balança comercial da China, que mostraram um crescimento de 5,8% nas exportações em junho, superando a expectativa de 5,3%. As importações, por sua vez, avançaram apenas 1,1%, abaixo da previsão de 1,3%.
Um leilão de linha do Banco Central, agendado para esta terça-feira, 15, de até US$ 1 bilhão, pode ajudar a estabilizar o câmbio, enquanto o mercado aguarda possíveis negociações entre o governo brasileiro e os EUA, após a ameaça de tarifas de 50% às importações brasileiras. O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) registrou queda de 0,74% em maio, superando as expectativas dos analistas.
Além disso, a Secretaria de Comércio Exterior revisou sua previsão de superávit de US$ 70,2 bilhões para US$ 50,4 bilhões, considerando os impactos das tarifas. O Itaú Unibanco estima que, caso as tarifas sejam implementadas, o PIB brasileiro pode sofrer uma redução entre 0,2% e 0,6% em 12 meses. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, se reunirá nesta terça-feira com representantes do Executivo e Legislativo para discutir a crise entre os poderes relacionada ao IOF.