O dólar comercial encerrou a sexta-feira, 18 de julho de 2025, cotado a R$ 5,587, com uma alta de 0,73% em relação ao dia anterior. Na semana, a moeda norte-americana acumulou uma valorização de 0,70%. A desvalorização do real foi impulsionada pelo anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs um aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros exportados para os EUA. Além disso, a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro também influenciou o mercado.
Durante o dia, o dólar atingiu uma máxima de R$ 5,598 e uma mínima de R$ 5,524. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou que o aumento das tarifas pode resultar em uma queda de 0,16% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e a perda de 110 mil postos de trabalho. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou que o governo brasileiro não pretende retaliar com tarifas, buscando diálogo com os EUA.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, informou que o governo enviou uma carta aos EUA em maio, mas não obteve resposta. Recentemente, uma nova solicitação de negociação foi encaminhada. No cenário político, o ex-presidente Bolsonaro, alvo de um inquérito da PF, foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de utilizar redes sociais, o que pode impactar as eleições presidenciais de 2026.
Os investidores estrangeiros retiraram R$ 4,1 bilhões da B3 até o dia 16 de julho, enquanto os investidores brasileiros alocaram R$ 22,3 bilhões na bolsa neste ano. O presidente da Ancord, Rafael Furlanetti, destacou que o cenário de incerteza política e fiscal está gerando cautela no mercado, refletido no aumento da taxa de juros futuros e no CDS, que alcançou 150 pontos nesta sexta-feira, comparado a 152 pontos há um ano.