O dólar apresentou forte alta nesta quarta-feira, 30, impulsionado pelas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que ocorreram após a quinta manutenção consecutiva das taxas de juros pelo banco central americano. Durante uma coletiva de imprensa, Powell indicou que a decisão sobre as taxas na próxima reunião está em aberto, elevando as expectativas de que as taxas permaneçam inalteradas em setembro, contrariando as previsões de cortes por parte de muitos investidores.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em alta de 0,94%, alcançando 99,815 pontos. Às 16h50 (horário de Brasília), o euro estava cotado a US$ 1,1427, enquanto a libra recuava para US$ 1,3247. O dólar também se valorizou em relação ao iene, sendo cotado a 149,40 ienes.
Analistas do Commerzbank afirmaram que Powell não forneceu indicações claras sobre uma possível redução das taxas de juros na próxima reunião. O banco destacou que a maioria dos votos favoráveis a tal medida dependerá de dados do mercado de trabalho e da inflação que serão divulgados antes da reunião. O Rabobank, por sua vez, comentou que a relação do euro com o dólar está madura para correção, embora a projeção de US$ 1,15 para os próximos três meses já tenha sido testada.
No Chile, o peso continuou sua trajetória de desvalorização, com uma queda superior a 2% em relação ao dólar, após o Banco Central do Chile decidir reduzir a taxa básica de juros em 25 pontos-base, para 4,75%. O BC chileno justificou a decisão com a inflação geral do país, que foi menor do que o esperado em junho. No final da tarde, o dólar estava cotado a 978,75 pesos chilenos, em comparação a 971,02 pesos do dia anterior.