O dólar apresentou alta nesta quinta-feira, 17 de agosto, revertendo as perdas da véspera, impulsionado por dados econômicos melhores do que o esperado nos Estados Unidos e por declarações do presidente Donald Trump, que negou a intenção de demitir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. O movimento foi observado após a divulgação de vendas no varejo que superaram as projeções e uma queda nos pedidos de auxílio-desemprego acima do esperado.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, encerrou o dia em alta de 0,35%, atingindo 98,734 pontos. Às 16h50 (horário de Brasília), a moeda americana estava cotada a 148,58 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,1600 e a libra se mantinha estável a US$ 1,3418.
Apesar do aumento do dólar, analistas alertam para a tendência de médio prazo da moeda americana. Marc Cogliatti, da Validus Risk Management, destacou que, embora a demanda por ativos de segurança possa sustentar o dólar no curto prazo, a diversificação de posições por investidores estrangeiros fora dos EUA continua em alta, devido a incertezas fiscais e políticas.
A Sucden Financial indicou que o euro pode estar próximo de um ponto de inflexão técnica, prevendo que o DXY pode avançar para 99,00 ou 100,00 pontos, o que poderia pressionar o euro para US$ 1,14. Contudo, uma queda sustentada abaixo desse nível exigiria sinais concretos de deterioração na economia da zona do euro, que ainda não foram observados, segundo a Eurostat, que anunciou uma aceleração da taxa anual do CPI da zona do euro para 2% em junho.