O dólar apresentou volatilidade nesta quinta-feira, 31, após abrir em queda, mas se valorizou em relação ao real e no mercado externo. A movimentação da moeda americana foi impulsionada por dados de inflação PCE e de emprego dos Estados Unidos, além da queda nos preços do minério e do petróleo, e resultados abaixo do esperado dos PMIs industriais e de serviços da China.
No Brasil, o déficit primário do governo em junho, que alcançou R$ 47,091 bilhões, e uma leve melhora na avaliação do presidente Lula, conforme pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, contribuem para a pressão sobre o real. A pesquisa revelou que a aprovação de Lula atingiu 50,2%, superando a desaprovação de 49,7%, pela primeira vez desde 2025, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apresentam índices de imagem positiva de 44% e 47%, respectivamente.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância de uma maior integração entre Brasil e Estados Unidos, enfatizando que a tarifa de 50% imposta pelos norte-americanos prejudica o comércio em diversos setores. Além disso, a taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,8% no trimestre encerrado em junho, abaixo da mediana das expectativas do mercado, que era de 6%.
Em relação aos dados fiscais, o déficit primário do setor público consolidado brasileiro em junho foi superior ao registrado em maio, que foi de R$ 33,740 bilhões, e também superou as previsões do mercado, que esperava um déficit de R$ 41 bilhões. No primeiro semestre de 2025, o Brasil registrou um superávit primário de R$ 22,029 bilhões, equivalente a 0,36% do PIB.