Nesta sexta-feira, 11, o dólar apresentou alta em relação a suas principais moedas, incluindo euro, libra e iene, em um dia marcado pela ausência de eventos econômicos significativos. A atenção dos investidores se voltou para as recentes tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou novas taxas sobre produtos canadenses e indicou que uma carta tarifária à União Europeia será divulgada ainda hoje.
O índice DXY, que avalia o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, encerrou o dia com alta de 0,20%, alcançando 97,853 pontos, e acumulou um crescimento de 0,88% na semana. Às 16h50 (horário de Brasília), o dólar estava cotado a 147,43 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,1689 e a libra caía para US$ 1,3501. Após a imposição de uma tarifa de 35% sobre produtos importados do Canadá, a moeda americana se valorizou para 1,3685 dólar canadense.
Segundo a consultoria Capital Economics, o fortalecimento do dólar está relacionado ao aumento das ameaças tarifárias de Trump e à elevação das expectativas em relação à taxa de juros nos EUA. A publicação de novas exigências tarifárias contra o Brasil e o Canadá, com justificativas que não estão diretamente ligadas a preocupações econômicas, desafia a crença de que o presidente não cumprirá suas ameaças. A consultoria prevê que o impacto dessas tarifas poderá elevar a inflação para 3%, o que fortaleceria o argumento para que o Federal Reserve adie cortes nas taxas de juros.
Além disso, dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre reservas em moeda estrangeira no primeiro trimestre indicam que o status do dólar como moeda de reserva global permanece robusto. Embora a participação do dólar nas reservas tenha diminuído ao longo dos anos, ela se estabilizou entre 57% e 58% nos últimos trimestres, conforme apontam analistas do Nomura.