O dólar apresentou volatilidade nesta quinta-feira, 31, após abrir em queda, mas ganhou força em relação ao real e no exterior. A movimentação da moeda americana ocorre em resposta aos dados de inflação PCE e de emprego dos Estados Unidos, além da queda nos preços do minério e do petróleo, e dos índices de gerentes de compras (PMIs) da China, que vieram abaixo do esperado.
No Brasil, o déficit primário do governo em junho, que atingiu R$ 47,091 bilhões, e a melhora na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que alcançou 50,2% de aprovação, estão influenciando a pressão sobre o real. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a necessidade de maior integração comercial entre Brasil e Estados Unidos, criticando a tarifa de 50% imposta pelos norte-americanos.
A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg revela que a imagem positiva de Lula subiu para 51%, superando a negativa de 48%. Em contrapartida, o ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta 44% de aprovação, enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem 47%. Lula lidera todos os cenários para as eleições de 2026, em meio a um cenário de incertezas fiscais.
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,8% no trimestre encerrado em junho, abaixo da mediana de 6% esperada pelo mercado. Apesar do superávit primário registrado no primeiro semestre de 2025, o resultado fiscal de junho foi considerado pior do que o previsto, refletindo desafios nas contas públicas.