O dólar apresentou variações nesta terça-feira, 8, avançando em relação ao iene e à libra, enquanto caía frente ao euro e ao peso chileno. A movimentação ocorre após o presidente dos EUA, Donald Trump, intensificar as ameaças tarifárias, anunciando uma tarifa de 50% sobre o cobre e a possibilidade de taxas de até 70% para importações de determinados parceiros comerciais.
O índice DXY, que avalia o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, registrou uma leve alta de 0,03%, fechando em 97,516 pontos. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar era cotado a 146,66 ienes, enquanto o euro subia para US$ 1,1726 e a libra caía para US$ 1,3589. A desvalorização do dólar frente ao peso chileno, que estava a 941,78 pesos, é atribuída à alta do cobre no mercado internacional, impulsionada pelas novas tarifas de Trump.
Analistas da Monex Europe destacam que a queda da libra, atingindo seu menor valor em duas semanas em relação ao dólar, reflete uma recuperação da moeda americana e crescentes preocupações fiscais no Reino Unido. Trump também confirmou uma extensão de três semanas para as negociações comerciais, até 1º de agosto, o que alimenta esperanças de acordos comerciais.
Além disso, a ameaça de uma taxa adicional de 10% contra países alinhados ao Brics representa um risco para o dólar, segundo o Commerzbank. O banco alemão alerta que Washington pode utilizar sanções como parte de sua estratégia, o que poderia elevar significativamente os custos associados ao uso da moeda americana nas transações internacionais.