O dólar encerrou a quarta-feira, 16 de outubro, com leve alta de 0,03%, cotado a R$ 5,5611 no mercado à vista, em um cenário de crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos. A cautela dos investidores foi exacerbada pelo anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente Donald Trump e pela sinalização de Washington sobre uma investigação contra o Brasil por práticas comerciais consideradas injustas no setor digital.
No exterior, o clima de aversão ao risco predominou, com os mercados atentos ao impacto inflacionário das tarifas e à possibilidade de cortes de juros pelo Federal Reserve. Os traders de dólar futuro enfrentaram um ambiente instável, onde as movimentações foram mais influenciadas por fatores macroeconômicos do que por fluxos técnicos, o que pode tornar os próximos pregões sensíveis a qualquer sinal proveniente das negociações entre os dois países ou da política monetária americana.
Os contratos de minidólar (WDOQ25), com vencimento em agosto, fecharam a última sessão com alta de 0,23%, aos 5.587 pontos. A análise técnica indica que o ativo apresenta força compradora, mas ainda não confirmou uma tendência clara. Para que o movimento de alta se mantenha, é necessário romper a resistência nos 5.590/5.608,5 pontos com volume comprador consistente. Em contrapartida, a perda do suporte em 5.575/5.564 pode desencadear novas quedas.
O gráfico diário mostra que o minidólar permanece acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, indicando um leve viés altista, embora o candle da última sessão tenha sinalizado volatilidade e indefinição. A superação da máxima da semana passada (5.658 pontos) pode proporcionar um avanço em direção à região de 5.687/5.726 pontos, enquanto a perda do suporte em 5.537/5.467 abriria espaço para uma pressão vendedora mais intensa.