O dólar encerrou a quinta-feira, 17 de agosto, em queda de 0,24%, cotado a R$5,5477, apesar do avanço da moeda norte-americana no mercado internacional e da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que restaurou o decreto do governo federal aumentando as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em diversas operações cambiais e de crédito. No acumulado do ano, a divisa apresenta uma desvalorização de 10,22%.
Durante a manhã, a moeda chegou a ser negociada acima de R$5,60, impulsionada por dados positivos da economia dos Estados Unidos, que mostraram um aumento de 0,6% nas vendas no varejo em junho. Esse cenário levou o dólar à vista a atingir a cotação máxima de R$5,6111 logo nas primeiras horas de negociação. Contudo, a pressão de venda fez com que a moeda recuasse ao longo do dia, mesmo com a alta das cotações no exterior.
A decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que restabeleceu a maior parte do decreto que eleva as alíquotas do IOF, trouxe alívio para a arrecadação do governo, mas também encarece operações financeiras, impactando a cotação do dólar. O trecho que aumentou o IOF sobre o risco sacado permanece suspenso, mas as cobranças mais altas sobre operações de crédito e câmbio voltaram a valer.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre as ações do governo em resposta à tarifa de 50% imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, destacando a necessidade de estratégias para mitigar os impactos dessa medida no comércio exterior.