Em um dia marcado por tensões políticas entre Brasil e Estados Unidos, o dólar encerrou a sessão de ontem em queda de 0,24%, cotado a R$ 5,5477 no mercado à vista. A desvalorização da moeda americana ocorreu mesmo após a decisão do STF que restaurou parte do decreto que aumenta o IOF em operações cambiais, inicialmente pressionando o dólar. Enquanto isso, no exterior, a moeda subia em relação a outras divisas, mas a melhora nas bolsas de Nova York e o aumento do apetite por risco contribuíram para a redução da demanda por proteção.
No cenário interno, o Ibovespa acompanhou o otimismo externo, embora investidores tenham avaliado com cautela os desdobramentos políticos e fiscais. Os contratos de minidólar (WDOQ25), com vencimento em agosto, fecharam em queda de 0,36%, a 5.567 pontos, em um dia instável e marcado por reações a fatores macroeconômicos, incluindo a retomada do IOF e a incerteza em torno da crise comercial.
Analistas destacam que o comportamento do minidólar nos próximos dias será crucial, com a necessidade de um volume acima da média para que o ativo retome a força compradora. O rompimento da faixa de 5.572,5/5.590 pontos pode abrir caminho para novas resistências, enquanto a perda do suporte em 5.566/5.555 pontos pode desencadear uma nova onda de pressão vendedora. O Índice de Força Relativa (IFR 14) permanece em 48,94, indicando uma leitura neutra e reforçando a necessidade de confirmação por volume para qualquer movimento significativo.