O dólar encerrou o pregão desta quinta-feira, 24, em leve queda de 0,06%, cotado a R$ 5,5199, após oscilar entre R$ 5,5391 e R$ 5,5129. A moeda brasileira se descolou da valorização global do dólar, em um dia marcado por volatilidade e liquidez reduzida no mercado financeiro. A cautela dos investidores foi acentuada após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que indicou que 'alguns países', incluindo o Brasil, podem enfrentar tarifas de 50%.
Apesar das preocupações, operadores do mercado destacam a possibilidade de negociações futuras entre os dois países, especialmente com a expectativa de um novo alívio inflacionário no IPCA-15, que será divulgado nesta sexta-feira, 25. Além disso, fatores como a alta do petróleo e sinais de estímulos econômicos na China também influenciam o cenário. O chefe do Departamento Econômico da Análise Econômica, André Galhardo, comentou que a estabilidade do câmbio é uma boa notícia, mesmo diante da ameaça de aumento das tarifas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou a disposição do governo Lula para dialogar sobre as tarifas, embora tenha ressaltado que não há negociações sem interlocução. O economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, observou que o mercado permanece em compasso de espera em relação a essa questão, refletindo a incerteza sobre o futuro das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.