O dólar encerrou o pregão desta quinta-feira (24) com leve queda de 0,06%, cotado a R$ 5,5199, em meio a um cenário de volatilidade e liquidez reduzida. A divisa brasileira se descolou da valorização global do dólar, mesmo após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que indicou a possibilidade de tarifas de 50% para alguns países, incluindo o Brasil. Apesar da cautela inicial, o mercado financeiro mantém esperanças de negociações entre os dois países, conforme afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Durante o dia, o dólar atingiu máxima de R$ 5,5391 e mínima de R$ 5,5129. A expectativa de um novo alívio inflacionário no IPCA-15, a ser divulgado nesta sexta-feira (25), e a alta do petróleo também influenciaram o mercado. O economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, destacou que o mercado aguarda definições sobre as tarifas, enquanto o governo brasileiro se mostra aberto ao diálogo.
O índice Ibovespa, por sua vez, caiu 1,15%, retornando aos 133.807,59 pontos, após oscilar entre 133.647,84 e 135.362,58 pontos. O volume de negócios foi de R$ 15,7 bilhões, inferior aos R$ 17 bilhões do dia anterior. As ações de maior peso, como WEG e Embraer, apresentaram perdas significativas, enquanto poucas ações conseguiram fechar em alta, destacando-se Pão de Açúcar e Petz.
No acumulado do ano, o fluxo de capital externo permanece positivo em R$ 21,454 bilhões, embora o mês de outubro tenha registrado uma retirada líquida até o dia 22. O mercado continua atento às movimentações políticas e econômicas que podem impactar a trajetória do real e do índice B3.