O dólar encerrou o dia em alta no mercado brasileiro, com cotação máxima de R$ 5,4263 e fechamento a R$ 5,248, um avanço de 0,37%. O movimento ocorreu em meio ao fortalecimento da moeda americana frente a divisas emergentes, exceto o peso mexicano, em um dia marcado pela queda nos preços do petróleo. Apesar de uma queda acumulada de 1,06% na semana, o real enfrentou pressões devido a ajustes de posições e realização de lucros por parte dos investidores.
As incertezas fiscais relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a retórica do Partido dos Trabalhadores (PT) em favor da taxação dos mais ricos também influenciaram o mercado. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu decretos sobre o IOF, levantando questões sobre a constitucionalidade das medidas. Moraes agendou uma audiência de conciliação entre os Poderes para o dia 15, mas especialistas afirmam que a decisão não resolve a instabilidade no câmbio.
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou que a balança comercial registrou superávit de US$ 5,889 bilhões em junho, abaixo das expectativas do mercado. O saldo acumulado no ano é de US$ 30,092 bilhões, mas o Ministério do Desenvolvimento reduziu a previsão de superávit para 2025, refletindo a menor demanda global e o aumento das importações. Analistas alertam que a piora sazonal do fluxo cambial pode limitar a apreciação do real nos próximos meses, mesmo com a fraqueza do dólar no exterior.