O dólar à vista encerrou a quinta-feira, 31, com alta de 0,21%, cotado a R$ 5,6008, após um dia de volatilidade marcado pela disputa técnica pela taxa Ptax. O mês de julho foi o pior para o real em 2025, com uma valorização de 3,07% da moeda americana, a maior desde novembro de 2024. A saída de recursos estrangeiros e a expectativa de manutenção das taxas de juros pelo Federal Reserve contribuíram para a pressão sobre o câmbio. Além disso, a queda das commodities e a recente pesquisa da AtlasIntel/Bloomberg, que mostrou a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 50,2%, também influenciaram o desempenho do real.
O Ibovespa, por sua vez, registrou uma queda de 4,17% em julho, a maior perda mensal desde dezembro do ano passado. Após um período de alta impulsionado pelo fluxo de investimentos estrangeiros, o índice interrompeu uma sequência positiva de quatro meses e fechou a quinta-feira em baixa de 0,69%, aos 133.071,05 pontos. O fluxo externo na B3 se inverteu, com saídas predominantes desde 9 de julho, em meio a ameaças do governo dos EUA de impor tarifas sobre importações brasileiras.
Apesar do alívio temporário com a extensão do prazo para a implementação das tarifas, o clima de cautela persiste. O giro financeiro na B3 foi de R$ 21,3 bilhões nesta quinta-feira, com a maioria das ações de grandes empresas, como Vale e Petrobras, fechando em queda. No entanto, algumas ações, como Usiminas e Embraer, se destacaram com ganhos significativos, enquanto empresas do setor de alimentos, como Marfrig e BRF, enfrentaram perdas acentuadas.