O dólar encerrou a sexta-feira, 27 de outubro, em alta de 0,74%, cotado a R$ 5,5622, impulsionado pelo fortalecimento da moeda norte-americana no exterior e pela crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos. O aumento da cotação é reflexo do temor do mercado em relação ao "tarifaço" anunciado pelo governo de Donald Trump, que poderá ser implementado a partir de 1º de agosto, com alíquota de 50% sobre produtos brasileiros.
Internamente, a frustração com o ritmo das negociações entre os dois países se intensificou, apesar dos esforços do vice-presidente Geraldo Alckmin e da retórica diplomática do presidente Lula. A pressão cambial aumentou após uma reportagem indicar que os EUA estão preparando a base legal para a nova tarifa, elevando a cotação do dólar à máxima do dia em R$ 5,5744.
No cenário externo, a valorização global do dólar e os dados negativos do setor externo brasileiro, como um déficit em transações correntes maior que o esperado, contribuíram para a cautela dos investidores. Na B3, o dólar futuro para agosto subiu 0,64%, a R$ 5,568, consolidando um ambiente desafiador para os traders. A expectativa é de que a volatilidade permaneça elevada nas próximas sessões, exigindo atenção redobrada dos investidores.