O dólar encerrou o pregão desta quarta-feira (16 de julho de 2025) com uma alta de 0,06%, cotado a R$ 5,561, influenciado pelo desdobramento do conflito comercial entre Brasil e Estados Unidos. Durante o dia, a moeda americana oscilou, atingindo a máxima de R$ 5,595 por volta das 10h50 e a mínima de R$ 5,541 antes de se valorizar novamente próximo ao fechamento.
A tensão comercial se intensificou após os Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, anunciarem uma investigação sobre práticas comerciais brasileiras que, segundo o USTR (Escritório do Representante do Comércio dos EUA), poderiam prejudicar a competitividade de empresas norte-americanas. A investigação abrange áreas como pagamentos digitais e comércio eletrônico, além de criticar a proteção da propriedade intelectual no Brasil.
Em resposta, o governo dos EUA impôs uma taxa de 50% sobre as importações brasileiras, que entrará em vigor em 1º de agosto e afetará todos os produtos. A medida foi justificada por Trump como uma ação necessária diante da falta de isonomia nas relações comerciais, especialmente em relação ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O governo brasileiro, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a imposição das tarifas, mas alguns membros da administração expressaram interesse em negociar com os Estados Unidos para mitigar os impactos da medida.