O dólar à vista encerrou a quinta-feira, 10 de agosto, com alta de 0,69%, cotado a R$ 5,5416, após atingir a máxima de R$ 5,62 durante o dia. A valorização da moeda americana foi impulsionada pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o que gerou apreensão entre os investidores e aumentou a aversão ao risco no Brasil. A medida levanta preocupações sobre os impactos inflacionários, especialmente em relação a itens cruciais para a exportação, como petróleo, carnes e aço.
Além da influência externa, o mercado também reagiu ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, que apresentou resultados levemente acima do esperado, intensificando as discussões sobre política fiscal e taxas de juros no país. Os contratos de minidólar (WDOQ25), com vencimento em agosto, fecharam em queda de 0,84%, aos 5.561,5 pontos, refletindo a volatilidade do dia e a cautela dos traders diante do cenário econômico.
Os operadores do mercado devem permanecer atentos às oscilações nos próximos pregões, já que a situação política e econômica continua a influenciar as expectativas cambiais e inflacionárias. A resistência para o minidólar está estabelecida entre 5.573 e 5.592, enquanto o suporte crítico é de 5.555 a 5.547, com possíveis consequências significativas para o fluxo de negociação dependendo do rompimento dessas faixas.