O dólar apresentou uma queda significativa nesta terça-feira, 8, encerrando o dia cotado a R$ 5,4458, uma desvalorização de 0,58%. O movimento de baixa foi impulsionado pela perda de força da moeda americana no mercado internacional, especialmente em relação ao euro e outras divisas latino-americanas. A mínima registrada durante o dia foi de R$ 5,4357. Apesar da queda, a moeda ainda acumula uma valorização de 0,39% no início do mês e uma perda de 11,88% ao longo do ano.
O cenário de recuperação modesta nos preços do petróleo e do minério de ferro, aliado ao apetite dos investidores por moedas emergentes, contribuiu para a valorização do real. O economista Rafael Prado, da GO Associados, destacou que a tensão gerada pelo anúncio de tarifas recíprocas dos EUA, que variam entre 20% e 40% para 14 países, incluindo Japão e Coreia do Sul, foi parcialmente revertida, permitindo que o real retomasse sua tendência de valorização.
Além disso, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que o governo americano está otimista em relação às negociações com a China e que a União Europeia apresentou propostas concretas. O presidente Donald Trump também anunciou que as tarifas entrarão em vigor a partir de 1º de agosto, abrindo espaço para possíveis negociações. Enquanto isso, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de divisas, praticamente zerou os ganhos do dia, refletindo a fragilidade da moeda americana.
Por fim, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, manifestou esperança de que o Congresso e o governo consigam resolver o impasse sobre o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em meio a um cenário de incertezas fiscais. A situação é acompanhada de perto, especialmente após a suspensão de decretos relacionados ao IOF pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que convocou uma reunião de conciliação para a próxima semana.