Na manhã desta quarta-feira, 16, o dólar apresentou alta no mercado local, influenciando os juros futuros, apesar da queda nos rendimentos dos Treasuries, que limitou o ajuste na curva a termo na B3. O aumento da tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, devido a uma investigação sobre práticas comerciais brasileiras, como tarifas preferenciais e acesso ao mercado de etanol, intensifica o risco de tarifas permanentes de 50% a partir de 1º de agosto.
A incerteza em relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), após um impasse no Supremo Tribunal Federal (STF), também contribui para a instabilidade no mercado, com investidores aguardando a decisão final do ministro Alexandre de Moraes. No Congresso Nacional, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios foi aprovada na Câmara e poderá ser votada hoje no Senado.
No cenário internacional, o foco permanece nos dados econômicos dos Estados Unidos, incluindo a inflação ao produtor (PPI) e os discursos de dirigentes do Federal Reserve. A secretária de Agricultura dos EUA, Brooke Rollins, destacou que produtores rurais brasileiros estariam utilizando áreas desmatadas ilegalmente, o que prejudica a competitividade dos agricultores americanos.
No contexto da safra de balanços nos EUA, instituições financeiras como Bank of America, Morgan Stanley e Goldman Sachs reportaram lucros positivos no segundo trimestre de 2025, superando as expectativas do mercado. O presidente dos EUA, Donald Trump, mencionou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, como uma possível opção para liderar o Federal Reserve, embora não seja sua principal escolha. No Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou a alta para 0,25% na segunda quadrissemana de julho, em comparação a 0,13% no período anterior.