O dólar registrou uma queda significativa em relação ao real na tarde desta quarta-feira, 23 de outubro, fechando a R$ 5,5230, uma desvalorização de 0,79%. Este é o menor valor desde 9 de julho de 2025, impulsionado pela expectativa de novos acordos comerciais dos Estados Unidos, após o anúncio de entendimentos com o Japão e negociações com a União Europeia. A mínima intradia foi de R$ 5,5161, refletindo um clima de maior apetite ao risco no mercado global.
O movimento de queda da moeda americana foi acentuado pelo enfraquecimento do dólar frente a outras moedas fortes, conforme indicado pelo índice DXY, que atingiu mínimas na tarde. A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, mencionou que os EUA ainda têm muitos acordos comerciais a anunciar, o que contribui para a confiança dos investidores.
No cenário da B3, o Ibovespa também teve um desempenho positivo, alcançando 135.368,27 pontos, com um ganho de 0,99%. O índice oscilou entre 133.676,27 e 135.782,00 pontos durante o dia, com destaque para ações de empresas como Raízen e CVC, que subiram 5,48% e 4,74%, respectivamente. Apesar da alta, o Ibovespa ainda acumula uma queda de 2,51% no mês, embora tenha avançado 12,54% no ano.
Além das movimentações no mercado financeiro, o ex-presidente Donald Trump voltou a criticar o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em suas redes sociais, acusando-o de não reduzir os juros, o que, segundo ele, prejudica as famílias americanas. No Brasil, empresas ligadas a Trump solicitaram à Justiça americana que envie documentos ao Departamento de Estado sobre decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, em um contexto de possíveis sanções contra membros da Corte.