O dólar apresentou queda nesta terça-feira, 22, em um dia marcado por uma agenda econômica esvaziada. As incertezas sobre a política comercial dos Estados Unidos e as críticas do presidente Donald Trump ao chefe do Federal Reserve, Jerome Powell, continuam a influenciar o mercado. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em baixa de 0,47%, cotado a 97,392 pontos.
Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o euro se valorizava para US$ 1,1753, enquanto a libra avançava para US$ 1,3530. O dólar também perdeu valor em relação a algumas moedas emergentes, recuando para 18,6564 pesos mexicanos. No Japão, o iene refletiu a permanência do premiê Shigeru Ishiba no cargo, mesmo após a derrota de seu partido nas eleições para a câmara alta do Parlamento, com a moeda americana cotada a 146,56 ienes.
De acordo com o Deutsche Bank, o dólar enfrenta pressão de baixa, uma vez que os custos das tarifas comerciais estão sendo majoritariamente suportados pelos consumidores americanos. O banco destaca que, apesar da inflação contida nos EUA, são os importadores que estão arcando com os custos, o que contribui para a desvalorização da moeda. O Danske Bank, por sua vez, mantém uma perspectiva otimista em relação ao euro, prevendo um movimento gradual em direção a US$ 1,23 nos próximos 12 meses, apesar da volatilidade nas negociações entre EUA e União Europeia.