O dólar comercial fechou em R$ 5,558 nesta terça-feira, 15 de julho de 2025, apresentando uma queda de 0,46%. Durante o dia, a moeda norte-americana alcançou a mínima de R$ 5,535 e a máxima de R$ 5,603, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, recuou 0,04%, encerrando aos 135.250 pontos. Os investidores estão atentos às repercussões do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na mesma data, o governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu representantes dos setores industrial e agropecuário. As reuniões, coordenadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, foram consideradas "proveitosas" e abordaram a necessidade de negociações para rever as tarifas impostas. Alckmin destacou a urgência em buscar uma dilação dos prazos para as discussões.
Lula também publicou um decreto que regulamenta a Lei de Reciprocidade, permitindo ao Brasil retaliar as tarifas de Trump, que ameaçou impor uma taxa de 100% sobre produtos russos caso o país não cesse a guerra com a Ucrânia. O diretor do Conselho Nacional Econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que a frustração de Trump com o Brasil se deve às negociações comerciais e à alta tarifa aplicada, que, segundo ele, é uma consequência da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, a Procuradoria Geral da República solicitou ao Supremo Tribunal Federal a condenação de Bolsonaro, enquanto uma pesquisa revela que 62,6% dos brasileiros consideram injustificada a decisão de Trump de taxar produtos brasileiros em 50%. O governo também aguarda definições do STF sobre o IOF, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, buscando utilizar a receita do imposto para zerar o déficit fiscal até 2025.